A morfologia da palavra “neuromarketing” vem da junção das palavras “neurologia” e “marketing”, ou seja, são técnicas de neurociência para traçar estratégias de marketing que tem como propósito compreender o que influência o consumidor na decisão de compra.
Este termo surgiu com o professor Ale Smidts, da Erasmus University, na Inglaterra, mas se popularizou com o pesquisador de Harvard, o doutor Gerald Zaltman. Formado em medicina e tendo acesso aos materiais, o pesquisador decidiu usar equipamentos de ressonância magnética para pesquisas mercadológicas. Com essa ideia no mínimo exótica, ao mapear a atividade cerebral, Zaltman foi capaz de aferir a real influência neurológica apresentada ao ser exposto a estímulos de marketing.
Atualmente, a área de neuromarketing é uma das maneiras de estudo do comportamento humano pelo entendimento do processamento de informações cerebrais, a fim de estabelecer métodos e técnicas que beneficiem os negócios.
Como Funciona?
Primeiramente precisamos compreender que o processo de tomar uma decisão de compra ocorre, em grande parte, no subconsciente do indivíduo. Portanto vamos entender alguns conceitos básicos do funcionamento do cérebro humano.
Segundo a Teoria do Cérebro Trino, desenvolvida pelo neurocientista Paul MacLean, nosso cérebro está dividido em três partes:
Cérebro Reptiliano
Também chamado de “Cérebro Instintivo”, é a parte do cérebro responsável pelas emoções primitivas e instintos de sobrevivência (necessidades como comer, dormir, etc).
Cérebro Límbico
Responsável por controlar emoções mais complexas e sensações relacionadas aos 5 sentidos, também é responsável pela memória e informações (atuamos com isto).
Neocórtex
Esta é a região que nos diferencia dos outros animais. Aqui encontramos os lobos cerebrais, que, além de controlarem nossas interações sociais, nos dão a capacidade de pensar de forma racional e abstrata.
Sabendo destas 3 partes e com a ajuda das tecnologias da neurociência, conseguimos apontar os impulsos que acionam cada uma das partes do nosso cérebro. Com isto, os profissionais de marketing conseguem entender de que forma os consumidores recebem o seu produto ou anúncio, disseminando a possibilidade de traçar estratégias que estimulem determinadas áreas do cérebro e produzir o impacto desejado, provocando assim mais eficiência nas atividades de divulgação e geração de valor de produtos e serviços.
Ao utilizarmos aparelhos de ressonância ou outros aparelhos de medição da atividade cerebral, acessamos áreas mais profundas do cérebro, o que nos permite ter respostas mais exatas, pois não temos fatores externos que possam intimidar e atrapalhar o indivíduo ao dar uma resposta. Como estamos quase que no íntimo, a resposta é dada naturalmente. Assim, fica claro qual alternativa produziu um impacto mais positivo, ou seja, com maiores chances de incentivar a tomada de decisão.
Exemplos:
HYUNDAI - Ao permitirem que os consumidores examinassem os protótipos dos carros, a Hyundai usou o EEG (é um exame que analisa a atividade elétrica cerebral espontânea, captada através da utilização de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo, é parecido com o que é utilizado na “Eleven”, no início da série “Stranger Things”) para entender as preferências, e que tipo de estimulação pode levar à decisão de compra. Mais tarde, a Hyundai fez alguns ajustes no design exterior dos automóveis de acordo com os resultados.
CHEETOS - A Frito-Lay testou um comercial para a Cheetos usando a combinação de grupos focais (pesquisa qualitativa em grupo) e EEG. A publicidade da Cheetos mostrava uma mulher fazendo uma brincadeira com outra pessoa colocando lanches laranjas em uma secadora cheia de roupas brancas. Os participantes do grupo focal afirmaram inicialmente que não gostaram da brincadeira e do comercial. Ao realizar um estudo de EEG nos mesmos participantes, eles descobriram que a atividade cerebral positiva mostrava que as pessoas realmente adoravam o anúncio. Os participantes afirmaram o contrário nas entrevistas iniciais porque não queriam parecer mal-intencionados na frente dos outros membros do grupo.
Quais são as principais formas de aplicação dessa ciência?
1. Psicologia das cores
2. Storytelling
3. Posicionamento dos elementos de uma imagem
4. Gatilhos mentais
5. Aplique a ancoragem de preços
6. Ofereça valor antes de realizar um pedido
7. Repita ideias e conceitos de forma estratégica
8. Capriche no design
9. Ofereça poucas opções de escolha
FONTES:
https://resultadosdigitais.com.br/agencias/o-que-e-neuromarketing
https://rockcontent.com/br/blog/neuromarketing/
https://aprendaneuromarketing.com.br/blog/cases-de-sucesso-neuromarketing/
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