Mudanças de consumo requer
adaptações no varejo
A pandemia de
Covid 19 chegou de forma inesperada e o que inicialmente parecia ser um
distanciamento social de apenas quinze dias, passou a ser uma forma de rever
sua posição no mercado e criar um planejamento para entender as mudanças de
consumo para manter-se ativo em meio pandemia e a crise econômica.
O impacto da
pandemia também teve forte efeito no consumidor que seja por necessidade ou
preocupação passou a rever seus hábitos de compras. Segundo a revista Veja 54%
dos brasileiros passaram a consumir apenas o essencial. Outro exemplo é que,
com as atividades em Home Office, muitos consumidores priorizaram melhorias no
seu ambiente em detrimento a artigos vestuário, tecidos e calçados, o que
explica a queda nesse setor apontados pelo IBGE, de acordo com a pesquisa mostrada
na Agência Brasil esse foi um dos setores mais afetados, teve queda de 38,7% no
primeiro semestre de 2020 e de 9,8% no segundo, mesmo tendo picos de
crescimento em 2021, ainda não conseguiu recuperar-se.
Um dos pontos
mais evidentes nesse momento foi a necessidade de estratégias tecnológicas. Muitas
tecnologias que passamos a utilizar não são novas, porém ganhou potência e
visibilidade devido a necessidade de manter relacionamentos e negócios, sendo
assim a pandemia impulsionou avanços tecnológicos garantindo a muitos
varejistas uma forma de continuar no mercado e adaptar-se.
Pagamento sem
contato:
Pagamentos sem
contato ganharam força no Brasil nesse período, além de facilitar na hora das
compras, também dá ao consumidor segurança ao evitar que toque em superfícies
que possam estar expostas ao vírus. Conforme notificação da Abecs, a modalidade
de cartão por aproximação quadriplicou durante a pandemia.
O pagamento por
PIX ser tornou uma forma de pagamento indispensável para muitas empresas. A
nova modalidade facilita compras apenas com o uso do celular e podem ser feitas
transferências instantâneas de qualquer valor, sendo uma facilidade para o varejista
e para o consumidor.
Protocolos
de segurança
A higiene além
de ser exigência de órgãos públicos passou a ser uma pauta cobrada pelo
consumidor. As lojas físicas passaram a oferecer álcool em gel, distanciamento
de áreas, barreiras acrílicas ou até mesmo disponibilizam funcionários para
higienização de carrinhos e cestas de compras.
Digitalização
das pequenas e medias empresas
A digitalização
ocorreu em empresas de diversos portes, porém as que mais se sentiram
impulsionadas a adaptar-se foram os pequenos e médios negócios. Algumas
empresas como Google e Cielo formaram parcerias para auxiliar empresas de menor
porte.
Ainda que
muitas empresas pequenas e médias estejam no estágio inicial da aderência a
digitalização, é um processo importante para prevenir e evitar futuras crises.
Vendas
online
Muitos
consumidores passaram a realizar compras online durante a quarentena, segundo
pesquisa da Ebit | Nielsen em parceria com a Elo, o e-commerce cresceu 47% no
primeiro semestre de 2020. Para o consumidor garante um certo conforto e também
flexibilidade nos horários de compra, mas e para os varejistas, como está sendo?
Para garantir esse conforto ao cliente muitos varejistas tiveram que investir
seja na segurança dos dados no momento de utilizar o site ou aplicativo,
expandindo estoque ou até mesmo melhorias nas entregas para atender a
praticidade desejada pelo consumidor.
Omnichannel
Outra
estratégia utilizada para expansão varejo nesse período foi o Omnichannel,
muitas vezes apontada como algo para futuro, hoje ela está presente nos hábitos
de compras de muitos brasileiros. A ideia consiste em incorporar diversos
canais e pontos para auxiliar o cliente na decisão de compra, oferecendo a ele
uma experiencia padronizada independente do meio utilizado, com isso é possível
o consumidor pesquisar online, tirar dúvidas em chats, realizar a compra por
aplicativo e retirar na loja física. Os consumidores estão cada vez mais
conectados e buscam marcas em diversas plataformas, seja para comparar preços,
verificar estoque, acompanhar coleções, consultar avaliações ou pedindo suporte
e mantendo a presença física e online no varejo, além de ser uma divulgação,
pode criar experiencia consistente a fim de fidelizar o cliente.
Serviços de
entrega e retirada
Mesmo sendo
serviço essencial, os métodos de entrega também tiveram alterações, já que a
necessidade do consumidor mudou, o varejo teve que adaptar-se e diversificar no
modelo de entrega para melhor atendê-los. No setor alimentício, por exemplo,
muitos aplicativos de delivery passaram a integrar compras de supermercados.
Pequenas empresas tiveram que aderir a serviços de entrega para não ver seu
negócio ameaçado.
O isolamento
afetou o cenário social, mas também o econômico, com isso muitos consumidores
passaram a optar por retirar seu produto na loja, além de ser rápido, muitas
vezes é gratuito. Para aqueles que ainda desejam a velocidade na entrega lojas
passaram a oferecer entregas expressas muitas vezes com descontos ou frete
grátis para atrair o consumidor.
A tendencia é
que muitos varejistas diversifiquem nos serviços de entrega mesmo com a
flexibilização do isolamento adaptando-se mais de acordo com a necessidade do
cliente.
A transformação
digital já é realidade e mesmo com a pandemia perdendo a força, muitas mudanças
impostas pelo vírus deverão persistir. O varejo respondeu de maneira rápida à
crise, apesar de ter sido impactado também trouxe diversas soluções, a
tendência é que muitas outras formas de consumo surjam ao longo dos anos e o
varejo deve se adaptar e buscar novas formas de continuar chegando ao
consumidor.
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Fontes:
https://veja.abril.com.br/insights-list/insight-3/
https://www.imparcial.com.br/noticias/tecnologia-nfc-aumentou-ou-nao-durante-a-pandemia,44453
https://www.totvs.com/blog/gestao-varejista/tendencias-do-varejo/
https://sancagalpoes.com.br/demanda-por-entregas-rapidas-e-inovadoras-persistem-em-meio-a-pandemia/
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