Entenda como o neuromarketing pode estar envolvido em suas compras
Antigamente vender era algo muito
mais fácil, com pouca concorrência no mercado os consumidores eram reféns dos
preços elevados e da pouca variedade dos produtos e serviços, com a evolução
tecnológica este cenário mudou, atualmente o mercado possui muitas empresas em
competição acirrada pelo consumidor, que se tornou mais exigente, possui mais
opções de escolhas e por preços menores.
Para continuarem relevantes no
mercado, as empresas implementam ferramentas, pesquisas e direcionam ações
baseadas no conhecimento que possuem do consumidor. O marketing é fundamental
para continuar resistindo no mercado, segundo a American Marketing Association
- AMA (2013) definem marketing como “a atividade, conjunto de instituições e
processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor
para os clientes, parceiros e sociedade em geral.” O marketing por si só revela
descobertas incríveis sobre o consumidor, mas será que poderia ter algo que
pudesse gerar ainda mais conhecimento e influência para aumentar o consumo?
A resposta é sim, o neuromarketing!
A junção de neurociência e marketing,
a neurociência realiza estudos sobre o funcionamento do nosso sistema nervoso.
Neuromarketing é a ciência que estuda o comportamento humano e sua influência
na tomada de decisão conforme os estímulos causados no cérebro. Tornou-se
popular com Gerald Zaltman, médico que utilizava aparelhos de imagens como as
ressonâncias magnéticas para observar os estímulos neurológicos, em 2000 o
neuromarketing foi registrado como ferramenta de marketing. É utilizado por
diversas empresas para entender os estímulos que seus produtos podem causar
através das ações de marketing, propaganda e publicidade, para através dos
resultados guiá-las com maior assertividade.
Segundo o médico e neurocientista
Paul D. Maclan, responsável pela teoria de Trino, o cérebro humano é
constituído por três divisões, o cérebro neocórtex, réptil e límbico.
O cérebro neocórtex é responsável
pelas decisões racionais, o reptiliano permite que nossos instintos de sobrevivência
existam, um exemplo é a fome e o límbico é o responsável pelas emoções,
sentimentos como raiva e felicidade.
Você conhece as ferramentas utilizadas pelo neuromarketing?
São elas:
✔ Posicionamento dos
elementos de uma imagem;
✔
Psicologia das cores;
✔ Gatilhos mentais;
✔ Storytelling;
✔ Repetição de ideias e
conceitos de forma estratégica.
Sabendo que as emoções possuem um
fator importantíssimo sobre as tomadas de decisões, grandes organizações
utilizam deste fator para tornarem-se relevantes, o neuromarketing auxilia
neste conhecimento, algumas das empresas que utilizam deste recurso são a
Coca-Cola, Netflix, Hyundai, McDonald`s entre outras. Este interesse irá
proporcionar além do amplo conhecimento, o consumo mais eficiente e uma vantagem
frente à concorrência, resultando em um domínio sobre as escolhas dos
consumidores.
Podemos evidenciar em pesquisas entre
concorrentes no mercado o poder da marca, um exemplo é a pesquisa realizada
sobre o consumo de refrigerantes, entre as marcas
Coca-Cola e Pepsi. Os estudos envolvendo as duas marcas ocorrem desde os anos
de 1970, em 2003 novos estudos foram desenvolvidos com uma amostra de 67
pessoas de 19 a 50 anos.
Os pesquisadores
desenvolveram esta pesquisa para analisar o grau de preferência dos
consumidores, foi utilizado análises através de ressonâncias magnéticas
funcional e testes de paladar comportamental.
A primeira etapa ficou
conhecida como etapa cega, os participantes experimentaram as bebidas sem
saberem a qual marca correspondiam.
Na segunda etapa do
experimento houve a distribuição de dois copos aos participantes, onde em um
continha a marca explícita e no outro não. Ao entregarem o copo explícito com
descrições entre as marcas, o público que ingeriu o refrigerante da Coca cola,
foi identificado atividades cerebrais no hipocampo e mesencéfalo, o que não
ocorreu ao ingerirem o refrigerante da Pepsi. O hipocampo faz parte do sistema
límbico possuindo grande importância para o processamento de informações
sensoriais e emocionais.
Os resultados gerais da
pesquisa identificaram que as regiões cerebrais que estavam ligadas às tomadas
de decisões foram as identificadas com grandes intensidades de atividades, o
refrigerante Coca-Cola continuou em vantagem frente a concorrência mesmo quando
em um dos copos de refrigerante não havia a descrição da marca. É perceptível
que a Coca cola possui vantagens sobre as tomadas de decisões dos consumidores,
os estímulos cerebrais causados pela marca tornam suas vantagens competitivas superiores
aos concorrentes, vantagens estas inimagináveis por John Styth, quando
desenvolveu o refrigerante pela primeira vez.
Há empresas que com base nas
pesquisas destes estímulos podem direcionar as ações de marketing, publicidade
e propaganda, como a Netflix.
A Netflix é uma plataforma provedora de filmes, séries e documentários via ‘streaming’, ela utiliza de algumas técnicas de neuromarketing para fazer com que os usuários não sejam incomodados e consigam captar as informações transmitidas. A técnica mais utilizada pela Netflix é chamada ‘Product Placement’ que, pela tradução significa “colocação de produtos”. Essa ferramenta possibilita que a marca seja colocada de forma discreta e quase imperceptível no decorrer dos filmes ou séries. O objetivo maior não é muito diferenciado dos demais meios de publicidade, mas consegue desenvolver tal ação com menor intromissão, aumentando o percentual de memória, notoriedade, aceitação e simpatia de uma marca ou empresa, para que o consumidor não seja incomodado, mas receba as comunicações direcionadas durante a utilização da plataforma.
Será que realmente compramos o que
queremos consumir ou somos influenciados pelo consumo? Descobrimos que as
empresas possuem mecanismos importantíssimos para chamar nossa atenção.
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Referências:
https://rockcontent.com/br/blog/o-que-e-marketing/
https://resultadosdigitais.com.br/especiais/marketing/
https://blog.fortestecnologia.com.br/tecnologia-e-inovacao/neuromarketing/amp/
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